sem título

Desta vez foi diferente. Voltei a desviar a cortina para poder abrir a portada. Quando pisei a primeira tijoleira da varanda senti que algo estava diferente. Algo tinha mudado.
São 7h da manhã e não faz tanto calor. Ouvem-se as gaivotas como nunca antes e, desta vez, parecem querer comunicar. Fazem pequeninas imagens no céu. É mais do que óptimo estar, assim,... aqui. Juntem-se a mim, por favor. Este não é o 207 mas... 805. Sim, é esse. É quase igual... Hmm. O cheiro é o mesmo. Os móveis são iguais. Até o tecido da cortina e das almofadas do sofá.
Lembrando-me de tudo o que cá passámos, desvio o olhar e atento na coloração feita pelo tempo das tijoleiras que cobrem o seu chão, antes branco, agora crú. Volto a olhar em frente. Uau! Só se veem prédios,... enormes. Quero ficar aqui a ouvir as gaivotas e a ver tudo isto durante mais algum tempo. É lindo. Há 24 horas acordada e agora não posso dormir. Vou mesmo ficar aqui. Shhhh,...
As gaivotas. Ouve só!

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