L Word

Convidaste-me a entrar. Abri a porta, pousei a mala e acabei pelo fazer.
Pisaste o acelerador e ...
Ali estávamos nós. Tínhamos acabado de ser teletransportadas para o espaço. Completamente desnorteadas e sem força para continuar a viagem deixamo-nos ficar ali, deslumbradas com o poder das imensas estrelas que nos acompanhavam. Pousaste a minha cabeça no teu colo e senti-te brincar com os fios do meu cabelo. Olhei-te nos olhos. Debaixo dos nossos corpos, um enorme tapete de relva flutuante começou a crescer. Não eram núvens! Estávamos agora deitadas sobre aquele perfeito imenso tapete relvado, verde, a observar as estrelas!
Uaaau. Um "L"!
A tua respiração aproximava-se cada vez mais do meu pescoço. Estavas ofegante. Comecei a desejar-te. Fizeste os teus lábios tocarem-se  nos meus. Desviei o olhar. Virei o rosto e cerrei os punhos de modo a conseguir resistir-te. Agarraste-me com força e o teu corpo foi atraído pelo meu - como se de um fortíssimo íman se tratasse. Sobre mim, beijaste-me o pescoço e foste descendo até ao meu peito. A nossa respiração tornou-se conjunta e era cada e cada vez mais forte. O meu coração estava a mil! Inverti as coisas e agora era eu quem controlava. Estava o meu sobre o teu. Mas ambos húmidos,... Quentes! Cada vez mais sedentas e sem cerimónias, fomos arrancando a roupa que cada uma de nós trazia no corpo - com os corpos assim tão suados, tinha-se tornado tarefa difícil. Agora éramos só nós. EU, TU e a forma louca como nos desejávamos.
(...) M-á-g-i-c-o! Soubeste muito bem tocar-me. Nunca ninguém o tinha feito como tu conseguiste fazê-lo. E ali não era o teu e o meu. Tinha sido exactamente o nosso. Dois corpos fundidos num só.
O corpo era igual, sabia bem o que fazer para te agradar!
- Oh meu amor, não há personagens mais apaixonadas que nós.
Não temos que encarnar qualquer papel. (...)